segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A biodiversidade e alguns mecânismos de proteção

Devemos salientar os mecânismos de defesa global criados por diversas organizações governamentais e ONGS não governamentais criados ao longo de anos de trabalho em prol do bem comum o meio ambiente.
Desde a ECO 92 no Rio de Janeiro a mais de 17 anos,188 paises vem desenvolvendo projetos e ratificações em relevância global para tentar diminuir os impactos gerados pelos processos "globalizantes" da sociedade moderna.
Uma delas é a ratificação de convenção da diversidade biológica, que estabelece o direito soberano sobre a variedade de vida contida em seus territórios e o dever de conservá-la e de garantir que sua utilização seja feita de forma sustentável, ou seja, equilibrada e duradoura. A convenção ressalta  a necessidade de repartição justa e equitativa dos beneficios derivados dos usos dos recursos genéticos entre todos os paises e entre as populações cujo conhecimento tenha sido a fonte desses recursos - por exemplo, comunidades acostumadas a utilizar plantas de sua região desde tempos ancestrais, como os indios brasileiros.
O problema da compensação financeira pelo conhecimento obtido a partir da biodiversidade, porém, continua a ser motivo de controvérsia. Ganhou manchete dos jornais o caso do cupuaçu, que teve um pedido de patente registrado no exterior por uma empresa japonesa, apesar de ser tipica da Amazônia. Por ele o nome cupuaçu, e seu uso passavam a ser propriedade da tal empresa. A concentração de entidades ambientalistas nos escritórios de patentes internacionais impediu a aprovação do registro, pois as aplicações do produto já eram, havia muito tempo, de dominíos dos indios e das comunidades tradicionais da região, e não havia nunhum tipo de de inovação que justificasse o direito de sua exploração pela companhia do Japão.
Esse é um exemplo da complexidade envolvida em questões ligadas a biodiversidade. Outro é o estabelecimento de regras para que os paises tenham as informações necessárias antes de aceitar a importação de organismos vivos genéticamente modificados (transgenicos), pois eles podem ter efeito negativos na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica e até afetar a saude das pessoas. A questão dos transgênicos é contravertida, e por isso mesmo, ainda está na decisão de cada país tomar medidas para prevenir danos ambientais decorrentes de seu uso.
O tráfico de animais silvestres é considerado uma das principais atividades ilegais globais - com o tráfico de armas e de drogas. O problema afeta principalmente paises da América do Sul, nos quais se constata a associaçãos entre traficantes de drogas e de animais. Calcula-se que só no Brasil, cerca de 38 milhões de animais silvestres sejam contrabandeado ao ano.
A maioria nem chega ao local de destino, pois morre pelos maus-tratos durante a captura e o transporte. Como o valor da espécie é definido por sua raridade, o tráfico de animais ameaçados de extinção é um dos principais fatores que aceleram o desaparecimento da fauna.

ALGUMAS EXTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO 

A criação de corredores ecológicos, ajuda na preservação com a criação de uma rede de parques, reservas e áreas privadas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência do maior numero de animais e plantas, em equilibrio na natureza.
No caso brasileiro, essa criação de corredores exige maior esforço na mata atlântica, no cerrado, Pantanal, e em algumas regiões da Amazônia.
Além disso a estratégia brasileira tem sido investir em um extenso sistema de áreas protegidas federais, incluindo 9% do território protegido diretamente e 12% em terras indigenas, além de reservas legais nas propriedades particulares e áreas protegidas pelos Estados - num total de 23%.
O problema é a fiscalização dessas áreas e a conscientização de todos os envolvidos no sentido de conservá-las, garantido a riqueza de vida ali existente.

ALERTA VERMELHO
Diante de todos os problemas temos uma classificação entre os animais ameaçados, com riscos enormes de perder espécies, ou seja 30% dos anfibios conhecidos, e 21% dos mamiferos estão ameaçados. Na verdade, é de supor que já estão perdendo, pois o homem interfere profundamente nos ecossistemas há bastante tempo. Naturalmente, no século XX, esse processo se acelerou de forma vertiginosa.  


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