sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Convenção da diversidade biológica.

A destruição acelerada das floresta pluviais tropicais que vem ocorrendo nas ultimas décadas está no centro de intenso debate ecológico e politico. Nos países desenvolvidos levantam-se vozes múltiplas favoráveis ás politicas de preservação das florestas úmidas. Movimentos ecologistas argumentam que as matas tropicais são um patrimônio da humanidade, pois abrigam estoques biológicos valiosos e exercem influencias climáticas planetarias. Cientistas a serviço dos programas ambientais da ONU consideram as matas tropicais um recurso não-renovável, em virtude das características frágeis e complexas dos ecossistemas envolvidos.
Estima-se que as florestas tropicais abrigam mais de 70 % das especies vegetais e animais conhecidas.
A destruição desse ecossistema pode eliminar do mapa genético do Planeta especies sequer conhecidas pelo homem. As novas gerações viveriam em um Planeta dilapidado.
O valiosos estoque genético das florestas tropicais não interessa apenas aos pesquisadores. Corporações farmacêuticas e alimentícias dos países ricos enxergam nele a possibilidade de imensos lucros futuros. Novos e eficazes componentes para a fabricação de remédios e para a produção de sementes alimentares de alto valor proteico podem estar disseminados entre as especies vegetais e animais das florestas pluviais.
Por outro lado, para os países subdesenvolvidos, a exploração predatória dos recursos naturais, representa muitas vezes a válvula de escape para as crescentes pressoes demográficas. As áreas florestadas podem assentar agricultores, reduzindo as tensões sociais provocadas pelo deslocamento de migrantes. A madeira das matas e os recursos minerais do subsolo são fontes de receitas imediatas de exportações.
A construção de barragem e usinas para o aproveitamento das quedas d'água é capaz de oferecer eletricidade barata para impulsionar o esforço industrial.
Na Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente realizada no Rio de Janeiro em 1992 (ECO 92), a contraposição dos conceitos de patrimônio da humanidade e soberania nacional marcou as negociações sobre o tema da biodiversidade. O s governos dos países subdesenvolvidos resistiram em adotar politicas preservacionistas que acarretam restrições ao fluxos demográficos e as atividades econômicas. Enfatizando o fato que os países desenvolvidos destruíram a maior parte de suas florestas originais, temperadas e boreais, reivindicaram compensações financeiras e transferência de tecnologias em troca da adoção de politicas de conservação do patrimônio genético presente nas florestas tropicais.
convenção sobre diversidade biológica aprovada na ECO 92 e atualmente aceita por mais de 160 países, representou um entendimento inicial sobre o assunto e uma possibilidade de conciliação dos interesses divergentes. Ela tem caráter contratual e ao menos em teoria, cria direitos e deveres precisos entre os Estados sobre os recursos biológicos presentes no território nacional.O intercambio politico que prevê consiste na troca de um amplo acesso a biodiversidade em troca de ajuda financeira e transferência de tecnologias.        

          

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